Operação...bombom!

Dia de preocupação...o que acontece com as mulheres mortais? Sim, caros leitores! Acontece a tara por ele e somente ele...um docinho para adoçar a vida! E de preferência que seja o chocolate!
Existem duas formas cientificamente comprovadas de injetar endorfina, a substância que acalma e que proporciona prazer, dentro do nosso corpo: a primeira, o exercício. A segunda, comendo chocolate. Agora, pergunta: qual é a mais fácil?
“Chocolate, chocolate, eu preciso de chocolate! Eu preciso de chocolaaaaate!” Era isso que meus neurônios diziam insanamente. Mas e agora? No meu trabalho não tem nenhum tipo de cantina, não se retira nada depois do horário de almoço do refeitório. Buscar fora também é longe, e é obvio que chefe nenhum vai liberar a funcionária a se ausentar porque ela não controla as lombrigas dentro das tripas o suficiente para conseguir ficar sem chocolate até as 17hs. Nem me atrevi a pensar nessa possibilidade.
O que eu vou fazer? Lembrei de uma colega minha, que vende trufas de chocolate para fazer uma graninha extra. Até aí tudo bem, exceto por um pequeno probleminha, que é crucial: eu não vou com a cara dela e a recíproca é verdadeira. Um mal-entendido e um tititi danado fez a gente se desentender. Horrível, eu sei, não tenho orgulho nenhum disso.
O que eu faço? Se eu ligar pra ela, ela vai fazer cara de nojo no telefone e eu vou ficar com vontade de vomitar... Liguei para o ramal ao lado da “amiguinha”, o de uma outra colega. Cochichávamos no telefone, como se fossemos dois terroristas prontos para explodir o prédio:

- Fulana tá aí? Ela tá vendendo bombom?
- Tá sim.
- Pega um pra mim e me entrega na copa?
- Ai, segura um pouquinho. Eu to cheia de serviço aqui.
Cinco minutos se passam. O telefone de novo:
- Oi. Pode Levar?
- Agora posso. Quer de casadinho ou de coco?
- ...(decidindo)
- Fala guria!
- Me dá o de casadinho. R$ 1,50 né?
- É sim.
- Não deixa a fulana ver que eu pedi.
- Não, fica tranqüila. Me encontra na escada.

Tremendo como um drogado em plena reabilitação, fui correndo para a escada, para não deixar minha colega esperando, ouvindo em minha mente aquela musiquinha do “Missão Impossível”  (tan..tan..tananan...tan..tananan...parapaaaannn, parapaaaan...). Esperei por menos de um minuto e ela apareceu, com o dito bombom na mão, se certificando que não tinha ninguém na volta (to falando que é coisa de terrorista) louca para rir, pela palhaçada ou infantilidade que estávamos cometendo por um mísero bombom. Me entregou o bombom e eu entreguei o dinheiro.

- Tó. Mata as tuas bicha agora.
- Ai, amiguinha valeu. Ô amiga, vai dizer...mulher atrás de chocolate esquece até dos inimigos!
- Hahahahahaha, palhaça, só tu mesmo!

Nos despedimos dando risada. No corredor, encontrei com outra colega, que adora a vendedora de bombons tanto quanto eu (a vendedora é uma pessoa muito simpática hohohoho que má que eu sou...).
- Guria, tu não tem noção da “Operação Bombom” que eu fiz agora com a Beltrana para conseguir um bombom da Ciclana. Liguei para a Beltrana e pedi para ela me encontrar na escada e me entregar um bombom.
- Não dá nada amiga, eu faço isso direto!!

Como eu disse, mulher atrás de chocolate esquece até dos inimigos. E a nossa “colega traficante”? Bom, ela agora é o nosso aviãozinho oficial!