Não agüentava mais ficar parada! Nunca pensei que iria dizer isso, mas achei que se ficasse mais um dia sem fazer exercício, eu teria um treco. Me sentia como se estivesse inchando a cada dia sem a minha aula de jump, mas ao mesmo tempo morria de medo de que meu joelho ainda não estivesse 100%. Cada vez que pensava em ir, lembrava do médico pra lá de educado que disse que a dor no meu joelho era de fazer jump com sobrepeso.
Comecei a pensar no que eu podia adotar como uma nova opção de atividade física. Passei a listar mentalmente tudo o que me agradava e quais seriam os obstáculos que eles me trariam. A lista ficou mais ou menos assim:
Natação – A-D-O-R-O! Modéstia à parte, Nado bem paca, fazia natação quando criança e voltei a fazer há mais ou menos um ano e meio atrás, por 8 meses. Relaxa, não tem impacto, devolve tudo para o lugar e não deixa a gente ficar suado. Mas também é cara, longe da minha casa (pegaria um engarrafamento do cão, para ir ou para voltar) e exige três coisas: não se preocupar com o estado do cabelo, não ter um pelo de axila ou de virilha, ou de perna fora do lugar e não se preocupar com o fato de que você vai sair daquela piscina morrendo de vontade de fazer xixi. Talvez a natação seja uma atividade diurética, não sei bem o que acontece, mas o fato é que uma hora no meio da água é o suficiente para o seu rim drenar tudo o que puder do seu corpo. O mesmo problema se aplica a hidroginástica ou a qualquer outra atividade na água.
Caminhada – Também adoro. Mas ultimamente, não sei se ando com cara de boca aberta, ou o que, minha família vive preocupada em me ver saindo para fazer caminhada na rua. Gente, qual é o problema de atravessar a rua com um fone de ouvido a todo o vapor??? Além disso, perto da minha casa não tem um parque para fazer uma caminhada mais segura ou até mesmo arriscar uma corrida (já pensou que coisa linda, as “banhinha” balançando para todo mundo ver?). E esteira está fora de cogitação, não consigo andar caminhando para uma parede.
Vôlei – Jogava vôlei quando era adolescente, participei de campeonato e tudo. A única coisa que eu preciso agora é de no mínimo mais três pessoas que queiram e que façam três vezes por semana.
É, não teve jeito, tive que voltar para o jump. Cheguei na academia ontem, expliquei para a professora sobre a minha condição e que estava fazendo aquela aula para testar se meu joelho agüentaria bem o tranco ou não. E não é que o danadinho agüentou? Acho que de tanto eu brigar com ele quando ele parou de “funfar”, ele tomou tento. Se bem que andei vendo ele cochichando com a balança lá de casa (aquela que eu vi fazendo a dança do creu no banheiro, lembram?). Pode até ser complô...será que devo me preocupar?
Ah, deixa para lá, estava de volta à atividade física! Senti de novo aquela sensação de endorfinas sendo injetadas no corpo, das pernas cansadas do exercício, da cabeça melecada de suor, das bochechas vermelhas do sangue que estava lá, vivinho da silva e correndo...nojento, mas ao mesmo tempo revigorante...agora é só chegar em casa, tomar um banhinho e descansar...
AHHHHHHHHHHHHHHH! Cedo demais! Faltou água! Faltou água! Eu estou parecendo o Geleka dos “Caça-fantasmas”, de tão gosmenta que estou e não tenho água para tomar banho! Na caixa d’água, só sai água fria, não sei porque “cargas d’agua” (ou seria caixas d’agua?) a água quente não funciona quando falta água na rua. Um espetáculo de projeto domiciliar! E em uma hora eu tinha compromisso...e agora, quem poderá me defender?
A resposta foi o super-marido, no auge de seu 1,94m de altura! Foi ele o responsável pelo banho mais engraçado que eu já tomei na minha vida! Enchemos dois baldes com a água da torneira elétrica da cozinha, ele colocou uma escadinha do lado de fora do Box e ficou lá em cima, jogando a água devagarinho, numa bica improvisada. Segundo ele, o que faltou mesmo foi um regador hehehe. Não foi lá “o” banho, mas pelo menos eu consegui ficar limpa.
“É, a torneira elétrica se pagou”, disse ele. Já eu, achei a situação impagável.
Mas eu estou de volta à ativa!
Nenhum comentário:
Postar um comentário