quinta-feira, 22 de outubro de 2009

20/10/2009 – Não teve jeito, o calor chegou...

O calor sempre consegue ser mais rápido do que a gente não é? E comigo não foi diferente...
Para começo de conversa, estar acima do peso e aguentar os verões do hemisfério sul não é uma tarefa nem um pouco fácil. Ou alguém consegue se lembrar de um gordinho que não esteja esbaforido nessa época do ano? A gente fica suado, vermelho e fedendo a banha velha, não tem jeito! A impressão que dá é que as gordurinhas saem pelos poros! Isso sem contar no fato de que daqui para a frente vamos ter que vestir cores claras e alegres, já que o bom e velho disfarce dos pretinhos básicos vai fazer a gente desmaiar na rua de calor. Em suma, o calor me deixa mais agoniada do que barata de barriga para cima! Acho que os gringos que migraram para o Brasil foram viver nas regiões das Serras justamente por causa disso, sangue de gringo não foi feito para temperaturas altas.
Mas, como sou bichinho da capital, e como minha empresa nunca teve a brilhante idéia de me transferir para a Europa com todas as despesas pagas, tenho mais é que levantar a cabeça e enfrentar mais um verão, com a testa molhada de suor, o rosto vermelho do sol e aquela sensação de que o aquecimento global está é levando todo o oxigênio que existe.
E no primeiro calorzão que fez por essas bandas, adivinha qual era o meu compromisso depois do trabalho? Academia. E eu, que apesar de mais contente com o corpo, estava investindo nas camisetas e roupinhas largas, acabei com o seguinte dilema: uso um camisetão e morro de calor ou uso uma roupa de verão e morro de vergonha?
Acabei com a segunda opção, afinal de contas, já não estava mais tão avantajada assim...abri o roupeiro...hummm, vamos ver...puxei uma calça de suplex e uma blusa de alcinha, tipo regata, um pouco mais justa, mas que combinava com os detalhes da calça. Coloquei um daqueles tops especialmente desenvolvidos para não fazerem as “tîti” socarem a minha testa, a blusinha de alcinha por cima, a calça de suplex e o tênis. Fiz um rabo de cavalo, me olhei o espelho e com um suspiro disse: “é...é mais ou menos assim que eu ficaria se fosse embalada à vácuo!”. Mas aí começam aqueles pensamentos positivos de “eu tenho que fazer isso por mim, verão que vem estou bem”. Digo isso há 23 anos, mas beleza! Passei a mão na garrafinha de água...vambora!
Cheguei na academia, subi naquela lasqueira do jump e comecei a aula. Foi aí que meu cérebro ligou o piloto automático das pernas e começou a se dedicar na análise do meu corpo pulando em frente ao espelho: ai que arrependimento de ter colocado aquela roupaaaa! Sabe aquela banha nojenta, aquela dobrinha que se cria em baixo da axila? A minha, por causa do aperto da alcinha e do top, parecia mais um pedaço de língua de boi aparafusada em baixo do meu braço. Isso sem contar nas morcelas adquiridas com muito esforço pelo meu querido metabolismo na volta do quadril e na parte de baixo do abdomem e daqueles pneuzinhos de Caloi 10 que se criam nas costas, logo abaixo das costelas. Essa eu confesso que é o que mais de dá pavor, talvez porque seja a que por mais que a gente emagreça, continua ali. Gordurinha no estilo “Conan, o bárbaro”. Tudo isso pulando conforme a música. Mas, como eu disse, essas são as horas que temos que manter o pensamento positivo e imaginar que elas estão indo embora conforme eu vou saracoteando mais do que bolacha dura em boca de velha banguela.
Quando terminou a aula, o marido veio me buscar na frente da academia (moramos perto, por isso ele vem a pé mesmo e me acompanha no “expresso canelinha”). Não caminhamos mais do que uma quadra quando ele olhou para minha cara suada e vermelha, parecendo até um tomate da Ilha das Flores e disse: “mulher, tu ta mais suada do que uma tampa de panela de cuscuz”. Espirituoooooooso!
O primeiro que mencionar que eu não estou me esforçando, eu juro que esfrego o suor da minha testa nos beiços!

3 comentários:

welze disse...

fiquei suando e cansada só de ler. adorei.

Vivi disse...

Adoro vc, sempre te acompanho... me identifico com tudo, só que minha família é alemã, mas branco é tudo igual qualquer ladeira fica como se tivesse corrido a maratona...

Clau disse...

Cheguei aqui através do blog Na Cozinha da Lu e vou te seguir,quero ficar acompanhando de perto!!!Bjus.

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